Datam de 2004 e 2005 os dois álbums dos escoceses Franz Ferdinand, que desde então têm feito furor. Mas como o furor normalmente não me chega, levei algum tempo até me decidir pela sua aquisição, já com uma baixa expectativa de arrependimento... que efectivamente não sinto. É "boa malha" sim senhor.
Comecei pelo fim, isto é, pelo segundo álbum intitulado "You Could Have It So Much Better". Agradou-me de sobremaneira.
Fiquei de aviso para quando encontrasse o primeiro, o que veio a acontecer há poucos dias. Já tinha lido algures que nada ficava a dever ao segundo... e assim é.
É deveras refrescante o som dos Franz Ferdinand no actual panorama musical, uma vez que retoma excelentes referências de outros tempos, com segurança e novidade quanto baste, contrabalançando a tendência para a qual resvalou a "brit-pop".
A voz e certas músicas fazem sem dúvida lembrar os Pulp, mas a forte presença das guitarras, mais "agresivas", puxa mais para o lado de bandas como os Strokes, com um cheirinho aqui e ali (mais "soft") de Blur ou Talking Heads (e ainda bem, porque não era fã por aí além dos Pulp). Nas letras e também na voz há ainda um certo ar "morrisseiano" e por isso não estranha que já tivessem feito aberturas de concertos do ex-Smiths.
Misturando tudo, curiosamente, lembrei-me de uma outra banda (e pelos vistos não fui o único): os velhinhos Kinks. Afinal de contas, escuto nos Franz Ferdinand o mesmo género de rock que foge das massas (ou não chega lá) mas que não enjeita uma boa dose de lirismo. Acrescente-se a dançabilidade e reencontram-se dois estilos com a mesma origem mas que andaram desavindos, um pelos terrenos do punk e afins, outro pelos terrenos da mais ligeira pop. Isto embora os FF prestem juramento ao Pop, mas bem sabemos como há Pop e Pop...
O som dos FF não engana e dá para lavar e durar. Por isso recomendo.
E é bom encontrar novas bandas que sem serem exactamente "retro" vão buscar o que há de bom no baú de recordações e põem-no como novo. Agora não estraguem o produto, começando pelas capas dos discos, que não precisam de mais nada. É aquilo e chega.
Consta que estão a escrever novas canções e por isso preferiram quase não sair à rua este ano, porque já estão fartos de repetir sempre as mesmas músicas nos concertos. Também é um bom princípio.
Comecei pelo fim, isto é, pelo segundo álbum intitulado "You Could Have It So Much Better". Agradou-me de sobremaneira.
Fiquei de aviso para quando encontrasse o primeiro, o que veio a acontecer há poucos dias. Já tinha lido algures que nada ficava a dever ao segundo... e assim é.
É deveras refrescante o som dos Franz Ferdinand no actual panorama musical, uma vez que retoma excelentes referências de outros tempos, com segurança e novidade quanto baste, contrabalançando a tendência para a qual resvalou a "brit-pop".
A voz e certas músicas fazem sem dúvida lembrar os Pulp, mas a forte presença das guitarras, mais "agresivas", puxa mais para o lado de bandas como os Strokes, com um cheirinho aqui e ali (mais "soft") de Blur ou Talking Heads (e ainda bem, porque não era fã por aí além dos Pulp). Nas letras e também na voz há ainda um certo ar "morrisseiano" e por isso não estranha que já tivessem feito aberturas de concertos do ex-Smiths.
Misturando tudo, curiosamente, lembrei-me de uma outra banda (e pelos vistos não fui o único): os velhinhos Kinks. Afinal de contas, escuto nos Franz Ferdinand o mesmo género de rock que foge das massas (ou não chega lá) mas que não enjeita uma boa dose de lirismo. Acrescente-se a dançabilidade e reencontram-se dois estilos com a mesma origem mas que andaram desavindos, um pelos terrenos do punk e afins, outro pelos terrenos da mais ligeira pop. Isto embora os FF prestem juramento ao Pop, mas bem sabemos como há Pop e Pop...
O som dos FF não engana e dá para lavar e durar. Por isso recomendo.
E é bom encontrar novas bandas que sem serem exactamente "retro" vão buscar o que há de bom no baú de recordações e põem-no como novo. Agora não estraguem o produto, começando pelas capas dos discos, que não precisam de mais nada. É aquilo e chega.
Consta que estão a escrever novas canções e por isso preferiram quase não sair à rua este ano, porque já estão fartos de repetir sempre as mesmas músicas nos concertos. Também é um bom princípio.
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