Não fica em Lisboa, mas está a um "salto". Reabriu em Dezembro de 2008, renovado e com novo espólio. Vale bem a pena visitar o "novo" Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha.
Bravo!
sábado, 28 de fevereiro de 2009
O DL recomenda: Museu de História Natural
Visitei, gostei:
Encontrarão mais informações no sítio do Museu de História Natural. Não esquecer os Museus ali alojados e o Jardim Botânico, a não falhar na visita (como não falhei). Quando por lá estiver, entre vegetação exótica, verdes recantos... não se esqueça onde verdadeiramente está - em plena cidade!
É património que merece o melhor apoio - o do público.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Restelo
Torre de Belém... ou Baluarte do Restelo
É graças à minha filiação "clubística" que nutro especial carinho por esta zona da cidade (embora nunca lá tenha vivido), ao estudo da qual já dediquei algumas linhas, noutro espaço.
Qual é a origem do nome? E afinal, o que é o Restelo? Será descabida esta última questão?
Desde há várias décadas que o Restelo é reconhecido – pelo menos aos olhos do cidadão “comum” – como sendo a zona a Norte e Oeste de Belém, ocupada maioritariamente por vivendas e condomínios, e por isso tida como “nobre” ou de “luxo” (actual ou datado). O Estádio do meu Belenenses, baptizado “do Restelo”, acaba por demarcar o extremo a sudoeste dessa zona. Abaixo e para nascente, seguindo a Rua de Belém, ninguém duvida que está Belém, frente ao Tejo, sobre antiga praia.
No fundo, a criação da Freguesia de São Francisco Xavier veio dar mais algum sentido a esta separação.
No entanto, se olharmos para a história – para a origem – nem tudo é assim tão claro. Que o nome de Belém se deve à invocação de Santa Maria de Belém, no e pelo Mosteiro dos Jerónimos, bem como pelo templo Henriquino que o precedeu, é facto que não merece muitas dúvidas. Mas, que a própria zona do actual Mosteiro, frente ao rio, era conhecida como “praia do Restelo”, também é facto, também antigo e bem documentado (entre outros, pelo grande Fernão Lopes).
Temos então que, se o Restelo e Belém não são afinal a mesma coisa, pelo menos Belém acabou por ser uma parte do Restelo que ganhou nome e fama próprios.
Se atendermos à hipótese mais conhecida e consensual quanto à origem daquela toponímia, faz-se um pouco mais de luz sobre esta “transição”.
Em página da Paróquia de Santa Maria de Belém podemos ler que:
“Em meados do século XV, o Infante D. Henrique mandou ampliar uma pequena ermida que tinha sido fundada, na zona do Restelo, junto ao Tejo, sob a invocação de Nossa Senhora da Estrela, protectora dos navegantes. Enriquecendo o sentido da primeira invocação, o Infante dedicou a nova Igreja a Santa Maria de Belém.”
Assim se entende a ligação com a história da Natividade de Jesus Cristo, por intermédio da Estrela, a dos Reis Magos, mas também de Maria, mãe de Jesus, ela própria Estrela dos Mares, guia e protectora dos navegantes. Estes nomes e símbolos têm sido objecto de interpretação de várias correntes e “ciências”, ditas da “mística”, do “oculto”, na convicção de que escondem significados só acessíveis a uns. Sendo de interesse, são áreas do conhecimento que não domino minimamente – sobre as quais não posso elaborar muito, portanto.
Mas, no site da Agência Ecclesia, da Igreja Católica Portuguesa, encontramos mais elementos de interesse para a nossa questão:
“O nome deste lugar [Restelo], um povoado modesto mas estrategicamente vocacionado para (ante)porto de Lisboa, confunde-se com o desse primitivo santuário dedicado a Nossa Senhora da Estrela.
A interpretação mística é directa: Nossa Senhora era a luz para os navegantes que desejavam entrar sem perigo na barra de Lisboa; a Estrela evocava o misterioso astro que conduziu os Magos. E quando o Infante D. Henrique mandou edificar no Restelo essa igreja dedicada a Nossa Senhora de Belém, não foi o local do nascimento de Cristo que quis evocar – o presépio aonde acorreram os pastores e os anjos deram glória a Deus – mas antes o ponto de encontro das gentes com Cristo, Sacerdote, Profeta e Rei, para o qual se dirigiram aquelas três personagens míticas e ofereceram ouro, incenso e mirra.”
Esquecendo propositadamente as outras questões, encontramos agora e finalmente uma justificação, geralmente aceite, para o nome “Restelo”: surgiu por corrupção de Estrela (ou de “SenhoRa-Estrela”). Bem próxima anda outra hipótese, muito semelhante (por conotações marinheiras mas também espirituais), pela qual a origem se deve à palavra “Setestrelo”, que se refere à constelação da Ursa Maior, muito importante para quem queira encontrar a Estrela do Norte, guia dos navegantes (isto no Hemisfério Norte, obviamente).
Ninguém ou mesmo nada sou para pôr em causa aquela primeira hipótese (“Senhora da Estrela”), que é em quase todos os seus aspectos bem plausível e “encaixa” perfeitamente numa miríade de sentidos, mais claros ou mais obscuros. No entanto, creio que encontrei (ou redescobri?) uma alternativa, no mínimo, muito interessante.
A alternativa em questão pouco ou nada remete para o religioso ou espiritual, nem tão-pouco para as obras régias. Fica bem, isso sim, ao lado de uma Junqueira ou de Pedrouços, topónimos de fácil e óbvia interpretação. Por outro lado, a suposição de corrupção de uma outra palavra, ainda que possa ser também antiga (embora não tanto como a lenda de Ulisses em Lisboa), é algo que merece algumas reservas, sobretudo tratando-se de nomenclatura religiosa (será assim tão aceitável, passar de “Senhora da Estrela” para “Restelo”?).
Porque se dizia e escrevia “Rastelo” ou “Rastello”, palavra essa que tinha (e tem) outro significado em português… e que sobrevive, precisamente, na palavra “restelo”?
Vejamos o que nos diz este texto, sobre os famosos “12 trabalhos” do linho (Museu da Agricultura de Fermentões):
“(…) [sobre o acto de] assedar: depois de limpas as impurezas as fibras são separadas por cumprimentos e espessuras. As mais longas e finas formam o linho, as mais curtas e grosseiras, a estopa. Para isso usam-se os sedeiros, instrumentos com dentes de aço finos e serrados, nos quais se passam as estrigas de linho. A estopa que fica, antes de ser fiada tem que se submeter a outra operação. Em manadas a estopa é passada no restelo, uma espécie de pente largo de madeira com dentes de aço grandes e pontiagudos. Depois de ‘penteada’ a estopa está pronta a ser fiada.”
E agora, o que nos diz o dicionário Priberam:
Restelo: rastelo; azeitonas caídas no chão antes de varejadas, ou espalhadas por descuido dos ranchos [possível mas improvável, no nosso caso].
Rastelo: fieira de dentes de ferro por onde se passa o linho para se lhe tirar a estopa; grade com dentes de pau, para aplanar a terra lavrada;
Da mesma maneira existem os verbos “restelar” ou “rastelar”, cujo acto por sua vez dá origem ao substantivo “restelo” ou “rastelo”.
Note-se que, no Brasil, a palavra “restelo” surge muitas vezes associada ao significado acima referido para “rastelo”, como utensílio agrícola ou de jardinagem. Aliás, não é invulgar que o camoniano “Velho do Restelo” passe, ainda que só por sugestão… por jardineiro.
Ainda na área do português, ou melhor, do galego-português, encontramos também matéria interessante. Os significados que encontramos no português, relativos ao trabalho do linho, encontramo-los também no galego actual, em palavras semelhantes: “rastrelo” ou “restrelo”. Variações que, curiosa e precisamente, também chegaram a ser utilizadas pelos cronistas portugueses para designar o “nosso” Restelo.
Mas há mais ainda, falando da Galiza: também lá, na zona de Finisterra, há uma praia do Restrelo!
Ora, tendo o mesmo significado, não será a origem a mesma, ligada ao trabalho do linho?
Ou será a origem a mesma, mas a outra, se atendermos ao Campus Stellae (de Compostela)?
A segunda hipótese parece-me claramente arriscada, embora sedutora, sobretudo se enveredarmos pela descoberta de subtis e complexos significados (como os que se escondem nos mais elaborados traços dos Jerónimos, ao que parece).
Quanto à primeira hipótese, fica por explicar um aspecto essencial. Se o nome daquelas praias se deve ao linho… como e porquê?
É uma conjectura, mas com pistas promissoras: quer na região da Galiza em causa, quer no “nosso” Restelo, a plantação e tratamento do linho eram de facto actividades comuns, favorecidas pela proximidade de grandes massas de água (a humidade, ao que vim a saber, é factor importantíssimo). Para além disso, ainda hoje podemos encontrar, entre a Rua de Belém e a Rua Vieira Portuense, uma “Travessa das Linheiras” (fiel à tradição local de associar a toponímia a ofícios e indústrias – Travessa dos Ferreiros, Travessa das Galinheiras…)!
Considerando ainda que aquelas casas e ruas são, na sua grande maioria, quinhentistas, temos assim uma referência bem antiga, que por sua vez poderá remeter para épocas mais remotas (lembro por exemplo a popularidade do linho entre os árabes, bem como, por altura da sua ocupação, o facto de o Restelo ter sido uma zona eminentemente rural e agrícola).
E estariam então ali as linheiras, à vista da praia, a separar a estopa do linho… ocupadas com o seu “restelo”? E como poderiam não sabê-lo príncipes, clérigos e cronistas? Poderiam muito bem, penso eu, na mesma medida em que o próprio povo esqueceu e esquece a(s) origem(s).
Fontes:
Priberam
Paróquia de Santa Maria de Belém
Agência Ecclesia
Museu Agrícola de Fermentões
Qual é a origem do nome? E afinal, o que é o Restelo? Será descabida esta última questão?
Desde há várias décadas que o Restelo é reconhecido – pelo menos aos olhos do cidadão “comum” – como sendo a zona a Norte e Oeste de Belém, ocupada maioritariamente por vivendas e condomínios, e por isso tida como “nobre” ou de “luxo” (actual ou datado). O Estádio do meu Belenenses, baptizado “do Restelo”, acaba por demarcar o extremo a sudoeste dessa zona. Abaixo e para nascente, seguindo a Rua de Belém, ninguém duvida que está Belém, frente ao Tejo, sobre antiga praia.
No fundo, a criação da Freguesia de São Francisco Xavier veio dar mais algum sentido a esta separação.
No entanto, se olharmos para a história – para a origem – nem tudo é assim tão claro. Que o nome de Belém se deve à invocação de Santa Maria de Belém, no e pelo Mosteiro dos Jerónimos, bem como pelo templo Henriquino que o precedeu, é facto que não merece muitas dúvidas. Mas, que a própria zona do actual Mosteiro, frente ao rio, era conhecida como “praia do Restelo”, também é facto, também antigo e bem documentado (entre outros, pelo grande Fernão Lopes).
Temos então que, se o Restelo e Belém não são afinal a mesma coisa, pelo menos Belém acabou por ser uma parte do Restelo que ganhou nome e fama próprios.
Se atendermos à hipótese mais conhecida e consensual quanto à origem daquela toponímia, faz-se um pouco mais de luz sobre esta “transição”.
Em página da Paróquia de Santa Maria de Belém podemos ler que:
“Em meados do século XV, o Infante D. Henrique mandou ampliar uma pequena ermida que tinha sido fundada, na zona do Restelo, junto ao Tejo, sob a invocação de Nossa Senhora da Estrela, protectora dos navegantes. Enriquecendo o sentido da primeira invocação, o Infante dedicou a nova Igreja a Santa Maria de Belém.”
Assim se entende a ligação com a história da Natividade de Jesus Cristo, por intermédio da Estrela, a dos Reis Magos, mas também de Maria, mãe de Jesus, ela própria Estrela dos Mares, guia e protectora dos navegantes. Estes nomes e símbolos têm sido objecto de interpretação de várias correntes e “ciências”, ditas da “mística”, do “oculto”, na convicção de que escondem significados só acessíveis a uns. Sendo de interesse, são áreas do conhecimento que não domino minimamente – sobre as quais não posso elaborar muito, portanto.
Mas, no site da Agência Ecclesia, da Igreja Católica Portuguesa, encontramos mais elementos de interesse para a nossa questão:
“O nome deste lugar [Restelo], um povoado modesto mas estrategicamente vocacionado para (ante)porto de Lisboa, confunde-se com o desse primitivo santuário dedicado a Nossa Senhora da Estrela.
A interpretação mística é directa: Nossa Senhora era a luz para os navegantes que desejavam entrar sem perigo na barra de Lisboa; a Estrela evocava o misterioso astro que conduziu os Magos. E quando o Infante D. Henrique mandou edificar no Restelo essa igreja dedicada a Nossa Senhora de Belém, não foi o local do nascimento de Cristo que quis evocar – o presépio aonde acorreram os pastores e os anjos deram glória a Deus – mas antes o ponto de encontro das gentes com Cristo, Sacerdote, Profeta e Rei, para o qual se dirigiram aquelas três personagens míticas e ofereceram ouro, incenso e mirra.”
Esquecendo propositadamente as outras questões, encontramos agora e finalmente uma justificação, geralmente aceite, para o nome “Restelo”: surgiu por corrupção de Estrela (ou de “SenhoRa-Estrela”). Bem próxima anda outra hipótese, muito semelhante (por conotações marinheiras mas também espirituais), pela qual a origem se deve à palavra “Setestrelo”, que se refere à constelação da Ursa Maior, muito importante para quem queira encontrar a Estrela do Norte, guia dos navegantes (isto no Hemisfério Norte, obviamente).
Ninguém ou mesmo nada sou para pôr em causa aquela primeira hipótese (“Senhora da Estrela”), que é em quase todos os seus aspectos bem plausível e “encaixa” perfeitamente numa miríade de sentidos, mais claros ou mais obscuros. No entanto, creio que encontrei (ou redescobri?) uma alternativa, no mínimo, muito interessante.
A alternativa em questão pouco ou nada remete para o religioso ou espiritual, nem tão-pouco para as obras régias. Fica bem, isso sim, ao lado de uma Junqueira ou de Pedrouços, topónimos de fácil e óbvia interpretação. Por outro lado, a suposição de corrupção de uma outra palavra, ainda que possa ser também antiga (embora não tanto como a lenda de Ulisses em Lisboa), é algo que merece algumas reservas, sobretudo tratando-se de nomenclatura religiosa (será assim tão aceitável, passar de “Senhora da Estrela” para “Restelo”?).
Porque se dizia e escrevia “Rastelo” ou “Rastello”, palavra essa que tinha (e tem) outro significado em português… e que sobrevive, precisamente, na palavra “restelo”?
Vejamos o que nos diz este texto, sobre os famosos “12 trabalhos” do linho (Museu da Agricultura de Fermentões):
“(…) [sobre o acto de] assedar: depois de limpas as impurezas as fibras são separadas por cumprimentos e espessuras. As mais longas e finas formam o linho, as mais curtas e grosseiras, a estopa. Para isso usam-se os sedeiros, instrumentos com dentes de aço finos e serrados, nos quais se passam as estrigas de linho. A estopa que fica, antes de ser fiada tem que se submeter a outra operação. Em manadas a estopa é passada no restelo, uma espécie de pente largo de madeira com dentes de aço grandes e pontiagudos. Depois de ‘penteada’ a estopa está pronta a ser fiada.”
E agora, o que nos diz o dicionário Priberam:
Restelo: rastelo; azeitonas caídas no chão antes de varejadas, ou espalhadas por descuido dos ranchos [possível mas improvável, no nosso caso].
Rastelo: fieira de dentes de ferro por onde se passa o linho para se lhe tirar a estopa; grade com dentes de pau, para aplanar a terra lavrada;
Da mesma maneira existem os verbos “restelar” ou “rastelar”, cujo acto por sua vez dá origem ao substantivo “restelo” ou “rastelo”.
Note-se que, no Brasil, a palavra “restelo” surge muitas vezes associada ao significado acima referido para “rastelo”, como utensílio agrícola ou de jardinagem. Aliás, não é invulgar que o camoniano “Velho do Restelo” passe, ainda que só por sugestão… por jardineiro.
Ainda na área do português, ou melhor, do galego-português, encontramos também matéria interessante. Os significados que encontramos no português, relativos ao trabalho do linho, encontramo-los também no galego actual, em palavras semelhantes: “rastrelo” ou “restrelo”. Variações que, curiosa e precisamente, também chegaram a ser utilizadas pelos cronistas portugueses para designar o “nosso” Restelo.
Mas há mais ainda, falando da Galiza: também lá, na zona de Finisterra, há uma praia do Restrelo!
Ora, tendo o mesmo significado, não será a origem a mesma, ligada ao trabalho do linho?
Ou será a origem a mesma, mas a outra, se atendermos ao Campus Stellae (de Compostela)?
A segunda hipótese parece-me claramente arriscada, embora sedutora, sobretudo se enveredarmos pela descoberta de subtis e complexos significados (como os que se escondem nos mais elaborados traços dos Jerónimos, ao que parece).
Quanto à primeira hipótese, fica por explicar um aspecto essencial. Se o nome daquelas praias se deve ao linho… como e porquê?
É uma conjectura, mas com pistas promissoras: quer na região da Galiza em causa, quer no “nosso” Restelo, a plantação e tratamento do linho eram de facto actividades comuns, favorecidas pela proximidade de grandes massas de água (a humidade, ao que vim a saber, é factor importantíssimo). Para além disso, ainda hoje podemos encontrar, entre a Rua de Belém e a Rua Vieira Portuense, uma “Travessa das Linheiras” (fiel à tradição local de associar a toponímia a ofícios e indústrias – Travessa dos Ferreiros, Travessa das Galinheiras…)!
Considerando ainda que aquelas casas e ruas são, na sua grande maioria, quinhentistas, temos assim uma referência bem antiga, que por sua vez poderá remeter para épocas mais remotas (lembro por exemplo a popularidade do linho entre os árabes, bem como, por altura da sua ocupação, o facto de o Restelo ter sido uma zona eminentemente rural e agrícola).
E estariam então ali as linheiras, à vista da praia, a separar a estopa do linho… ocupadas com o seu “restelo”? E como poderiam não sabê-lo príncipes, clérigos e cronistas? Poderiam muito bem, penso eu, na mesma medida em que o próprio povo esqueceu e esquece a(s) origem(s).
Fontes:
Priberam
Paróquia de Santa Maria de Belém
Agência Ecclesia
Museu Agrícola de Fermentões
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Maravilha sobre Alcântara
Quando foi erguido, não faltaram vozes críticas... em particular quanto o seu estilo, considerado como demasiado retrógrado para a época (o que, em boa medida, até era verdade, se só de estilo se tratasse). Com o passar dos anos, porém, a antiguidade assumiu o seu posto e este monumento é hoje um dos símbolos de Lisboa.
Recorde-se que aquela imponente obra de engenharia, com o maior arco em pedra do mundo... e embora assentando sobre a falha sísmica do Vale de Alcântara... resistiu ao Terramoto de 1755!
Também não se pode esquecer que o "aqueduto" é muito mais que a arcaria de Alcântara, numa discreta mas extensíssima rede que sobrevive, malgrado algumas mutilações e o sufoco da construção. Para os mais familiarizados, será passatempo curioso seguir o seu percurso através do Google Earth:
Nota: A primeira fotografia encontra-se no Arquivo Municipal de Lisboa. Data das primeias décadas do Século XX, como se pode comprovar pela inexistência da floresta de Monsanto, bem como do bairro da Serafina.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Obras em curso
Este blogue vai ter "cara lavada", mas mais que isso importa informar que vai voltar a ter actividade. Mais intensa, embora seguindo o seu rumo de sempre (regularmente incerto). Afinal, um diário de bordo em rede (weblog) de uma vida em Lisboa...
Muito Obrigado pelas visitas
Muito Obrigado pelas visitas
Subscrever:
Comment Feed (RSS)